sábado, 29 de junho de 2013

Assembleia Municipal de 28 de Junho

Assembleia municipal de Caminha
o) Alteração ao mapa de pessoal

Importa neste ponto da ordem de trabalhos considerar o momento em que tal é feito. Não é a primeira vez que esta assembléia se pronuncia sobre este assunto e sempre a CDU esteve de acordo, referindo que este documento deve merecer um consenso alargado e não expressar apenas a vontade de um qualquer executivo.
Aos olhos da Lei, "Os mapas de pessoal são aprovados, mantidos ou alterados pela entidade competente para a aprovação da proposta de orçamento", e neste sentido é perfeitamente legítimo que esta proposta seja apresentada, no entanto, face ao facto de nos encontramos em ano eleitoral é excessivo assumir que as perspetivas deste executivo serão as mesmas daquele que resultará das eleições de setembro próximo. Os lugares no quadro de pessoal que o atual executivo pretende criar carecem de uma percepção clara da sua imprescindibilidade por parte dos membros desta assembleia. Pelos considerandos prévios a  esta proposta parece ser a Câmara Municipal de Caminha um elemento de apoio à estratégia de mobilidade e reconversão que o Governo central nos quer impor, assumindo desta forma o municipio de Caminha a responsabilidade para com os trabalhadores que hoje desempenham funções no posto de Turismo de Vila Praia de Âncora. Ora porque se aceita sem mais que o Turismo do Porto e Norte de Portugal não tem condições para manter este posto de turismo num concelho particularmente vocacionado para esta área? Porquê aceitar esta municipalização de encargos sem primeiramente mostrar total discordância com a intenção do Turismo do Porto e norte de Portugal? É  que, salvo explicações mais esclarecedoras, a alteração ao mapa de pessoal em apreço não resulta de uma necessidade detetada no exercício das atribuições dos funcionários camarários mas sim da aceitação tácita de uma intenção de abandono. Por este facto julgamos ser oportuno combater a intenção do Turismo do Porto e norte de Portugal e não dar qualquer sinal de apoio à mesma, como seria a alteração neste momento do mapa de pessoal. Só perante uma constatação de facto deveremos voltar a esta matéria, e aí sim, na defesa dos postos de trabalho, a CDU estará disponível para a discussão de nova proposta. Jogar na antecipação a uma má decisão não nos parece ser a decisão acertada.

Carlos Alves | CDU – Coligação Democrática Unitária, 28 de junho de 2013


Sem comentários:

Enviar um comentário